quarta-feira, 31 de março de 2010

Visão do consumidor

Cada vez mais se ouve falar em novas tecnologias e como implantá-las em novos modelos de comunicação, e fica evidente o interesse cada vez maior das empresas em adotar ferramentas que possibilitam uma maior interativadade com o consumidor. No entanto, a questão que aqui nos propomos a levanter é: até que ponto esses elementos de interatividade reprensentam realmente uma maior participação do público?
É preciso tomar cuidado com essas formas de democratização da comunicação, pois passam a idéia de que há uma intervenção direta e importante do receptor, que na realidade é apenas uma meia verdade, quando não uma mentira completa.
O raciocinio é simples, quem decide como, quando e com o que os receptores vão interagir são os própros emissores. Portanto  quem “manda” na interação por completo continua sendo a emissora, ou seja, quando a escolha for feita pelo receptor, uma escolha anterior já havia sido feita pela emissora.
Interatividade na sua essência deve ser entendida como uma interação flexivel, onde relações recíprocas enre os interlocutores são possíveis através da tecnologia eletrônica ou digital.
É claro que não é do interesse das grandes emissoras estabeler uma relação recíproca com seus espectadores gerando uma interação flexível. A interação fica restrita até onde a emissora permitir, e de recíproca essa relação não tem absolutamente nada. Permanece na sua estrutura básica o modelo marcado pela unidirecionalidade, onde se define o emissor como propositor de mensagens fechadas e o receptor passivo diante delas.
Atualmente as emissoras não mais trabalham seguindo completamente essa linha unidirecionalizada, mas também estão longe de estabelecer uma comunicação realmente interativa.
É importante deixar claro que não estamos aqui desvalorizando a interatividade na comunicação, pelo contrário, as iniciativas que promovem uma comunicação pró-ativa, com emissor e recepitor interagindo e participando de todo o processo devem ser incentivadas. Porem, é preciso estar atento às propostas que visam apenas dar uma falsa impressão de interatividade, enquanto na realidade continuam a manter a velha forma do espectador passivo e apático. Concluindo: esse tipo de “ferramenta” utilizada dessa maneira contribui fortemente para esconder da população o real poder que o povo tem sobre os processos de comunicação.    
 
Grupo 5 (Interatividade)
Adam Youssef
Cainã Marin
Henri Mortari
Pedro Gabi
Vladimir Figueiredo


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