quinta-feira, 23 de setembro de 2010

“O futuro da distribuição de conteúdo é por IP”

Marcelo Spinassé, CEO e fundador da TrueTech, fala sobre a distribuição do conteúdo digital e como funcionam os vídeos on demand.


O cenário atual

O cenário digital vem mudando e se adaptando cada vez mais à demanda de serviços que, ano a ano, aumenta e se torna cada vez mais complexa. A produção de vídeos e conteúdo para este meio se tornou muito mais barata do que anos atrás, com codecs mais eficientes. Além disso, o baixo custo da contratação da banda larga resulta em uma maior acessibilidade do público à toda esta informação gerada, minuto a minuto.

Nasce a partir daí o conceito explicado por Marcelo Spinassé: o “What I want, Where I want, When I want”, que se baseia na informação e conteúdo instantâneo e fragmentado. Em outras palavras, enquanto em 1996 havia apenas jornal, televisão aberta, revistas e rádio, atualmente há, somado a isso, internet com portais, websites, blogs e mídias sociais.

Fica evidenciado o papel da internet na atualidade e principalmente como vem se tornando a principal mídia nos lares, já com 47% de presença atrás apenas da televisão. Segundo Marcelo Spinassé: “O interessante é ver que a internet, ao mesmo tempo que cresce, faz as outras (mídias) caírem, uma vez que existe uma substituição dos meios”, ou seja, as pessoas compram, ouvem música, assistem televisão e filmes pela internet. É fácil, acessível e rápido.


O novo cenário

O futuro do vídeo e de todo o conteúdo será via IP, com acesso indiscriminado ou intermediado pela operadora. Isso significa que o conteúdo pode ser gerado por qualquer um, e pode ser personalizado por cada usuário.


WebTV

Em meio as transformações e a consolidação de um novo cenário na internet, surge a WebTV, grupo de plataformas que possibilitam a criação de uma grade de programação pela internet. Resume-se, basicamente, ao oferecimento de vídeo e áudio através do digital, muitas vezes sendo enviada via download.

Porém a WebTV ainda apresenta certas imperfeições em seu sistema via streaming, como a perda de qualidade do vídeo, que causa a pausa ou interrupção do conteúdo. Esta nova ferramenta vem se popularizando por ser uma maneira muito fácil de se criar seu próprio conteúdo. No Brasil só existem três WebTV com sua própria grade de programação ao vivo, porém acredita-se que em decorrer do tempo esse número aumente exponencialmente.

Terratv: Um exemplo da plataforma de WEBTV

Ainda em relação a WebTV, vale frisar o fato que não necessariamente esse conteúdo é oferecido por portais grandes, como o Terra. Qualquer internauta pode criar seu próprio canal, que funciona como uma página do Youtube, porém gerenciável. Nele, uma determinada pessoa pode exibir vídeo aulas de artesanato e cobrar por isso, por exemplo. É possível também vender espaços publicitários.

  
Funcionalidades do Vídeo On Demand

Apesar de parecer uma tecnologia muito complexa a primeira vista, o vídeo on demand surgiu muito naturalmente, de uma demanda proveniente dos novos costumes dos consumidores 2.0. Como mencionado anteriormente, a internet está cada vez mais presente em todos os lares brasileiros e, em função disso, está centralizando as outras mídias - principalmente as mais tradicionais.

A internet possibilita que o conteúdo ou informação sejam consumidos naquele momento, sem que seja necessário esperar por um horário agendado para assistir um telejornal, por exemplo. É algo muito imediato e instantâneo e estas características estão muito ligadas ao conceito “WiwWiwWiw” – em inglês, “what I want, where I want, when I want”, já citado anteriormente.

Os vídeos on demand também são baseados neste mesmo senso de urgência, segundo Marcelo Spinassé: "O conceito de on demanda funciona basicamente da seguinte forma: eu tenho 4 mil vídeos e assisto a hora que eu quiser, eu não tenho que esperar para ver qualquer um deles".

De uma maneira muito simples, esta nova maneira de consumo de conteúdo é realizada através da tecnologia banda larga. Por meio de um software ou tela de TV, o assinante de um determinado serviço pode escolher diferentes tipos de filmes e programas de televisão que estejam disponíveis em VoD.

A partir desta escolha, os conteúdos são enviados em formato de vídeo, sob demanda, até o dispositivo do consumidor, utilizando redes de banda larga das operadoras de comunicação. Assim, o consumidor recebe o conteúdo quando quiser, com uma qualidade de imagem muito semelhante ao DVD.

A mobilidade e a portabilidade são as principais vantagens deste novo tipo de serviço em detrimentos da locação de filmes. Por meio deste consumo, é possível carregar o vídeo comprado em qualquer lugar em que a pessoa estiver conectada e na maioria dos dispositivos existentes - iPad, TV, celulares e computador. O mais legal disso tudo é que a qualidade do vídeo independe de onde ele está sendo assistido, mesmo que se opte por um celular.

Apesar dessa versatilidade, o maior receio dos consumidores em adquirir um VoD pode ser em relação ao tempo que o arquivo leva para ser baixado, evitando experimentar este novo serviço. Essa é uma preocupação desnecessária, já que a tecnologia dos vídeos on demand é baseada no streaming e não no buffering. Para exemplo de comparação, o buffering, que é utilizado pelo Youtube, é uma memória temporária utilizada pelo computador para a leitura de dados. Por isso, é necessário pausar o vídeo antes dele começar, para que uma parte dele seja carregado e não trave enquanto é assistido.

Já o streaming possibilita uma experiência muito melhor, segundo o próprio Spinassé, pois permite que o vídeo seja assistido ao mesmo tempo em que o download é feito. Não há pausas durante a exibição do conteúdo para que ele seja carregado. É uma tecnologia mais leve e rápida, muito parecida com um sinal de televisão, que quando é ligada, o programa é assistido sem interrupção alguma.

É intrínseca a relação que o VoD tem com o uso de DRM (Digital Rights Management), ou seja, a gestão de direitos digitais. Os conteúdos podem ser protegidos por essa tecnologia, que consiste em restringir a difusão por cópia de conteúdos digitais, contribuindo na administração dos direitos autorais de cada marca que o utiliza.

O DRM pode agir limitando o número de views, tempo de expiração, e protegendo contra cópias ilegais. Existem diferentes mecanismos de DRM, porém em sua maioria, contêm características em comum, como por exemplo, detecção de quem acessa cada obra, quando e sob quais condições, e reportam essa informação ao provedor da obra, autorização de acesso, ajuste das condições restritivas fixadas pelo provedor da obra. Alguns tipos de DRM podem, ainda, limitar o número de views, tempo de expiração, proteger contra cópias ilegais. E como funciona o DRM? A imagem ao lado mostra como o mecanismo age:


Como funciona o DRM

Por fim, pode-se usar toda esta plataforma de forma promocional via o Funcode, que é uma ação de alto impacto, baixo custo e tão eficaz quanto qualquer promoção ou ação de marketing não virtual, onde são dados cartões com senhas que possibilitam o download do filmes via a loja virtual de graça, ou com desconto, criando vínculos únicos da empresa com o consumidor além de mostrá-lo todas as possibilidades que a plataforma proporciona à ele.

GRUPO - 6E
André Klava
André Hosoume
Leticia Banheti
Murilo Saad
Nathaly Araujo

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

TrueTech - Video on Demand (VoD)

Vídeo é uma mídia extremamente instável e eternamente causadora de fascínio. O fato é que esta forma de expressão artística, documental e comercial, não parece deixar de se configurar uma novidade na vida das pessoas. Supõe uma linguagem, uma inter-relação entre imagem e espectador, em que a primeira sai da tela para interagir com o resto do meio, integrando as imagens junto aos demais elementos que a formam.


Na atualidade, os avanços da tecnologia, permitem ampliar o leque de suas possibilidades criativas, surgindo novas formas de lidar com seus recursos e conceitos, ou seja, hoje podemos fazer os mais diversos tipos de vídeo, assim como podemos fazê-lo para as mais diversas finalidades. Neste momento falaremos de uma modalidade específica do vídeo, que está em fase de estruturação, mas que vem ganhando adeptos de consumo e produção. Vamos falar de “Video on Demand” ou Vídeo sob Demanda.

O conceito do VoD, por Marcelo Spinassé:

Vídeo sob demanda, abreviatura VoD de Video on Demand, em inglês, é uma solução de vídeo sobre DSL (Digital Subscriber Line), ou outra tecnologia banda larga, que são famílias de tecnologias que fornecem um meio de transmissão digital de dados, aproveitando a própria rede de telefonia que chega na maioria das residências.

Hoje, temos a nossa disposição uma infinita gama de conteúdos. O avanço da tecnologia de produção de vídeo tornou possível produzir material de alta qualidade utilizando equipamento de custo acessível ou até gratuito, tanto para as empresas quanto para as pessoas físicas. E o resultado é uma quantidade ilimitada de conteúdos nesse formato.


Assim como o YouTube, sites especializados neste tipo de conteúdo se proliferam e ampliam a liberdade do vídeo dentro do cotidiano das pessoas. A questão fundamental desta prática está no controle do conteúdo que se expõe na internet, ou ainda, está em produzir conteúdo que gere renda, ou seja, VOD.


Na realidade do Vídeo sob Demanda, temos a internet sendo amplamente utilizada para veiculação deste tipo de material por empresas, ou seja, material de conteúdo protegido. Grande parte da atração desta ideia está nos custos de produção de vídeos para a internet, que é muito abaixo das vultosas verbas necessárias para a televisão, uma vez que a qualidade do vídeo na internet é relativamente inferior. Outro ponto de realce para esta prática está no fato de a divulgação ser muito mais barata e direcionada do que na televisão, já que a internet pode se dividir em nichos caso necessário, sendo assim mais fácil detectar e atingir seu público alvo.

Como informações técnicas se tornam interativas com o uso de vídeo, por Spinassé:

Além de questões técnicas, temos uma variável fundamental para o estabelecimento do VOD: o público está se tornando cada vez mais imediatista e valorizam conteúdos acessíveis, ou seja, conteúdos que possam ser acessados, independente de horário, local ou forma.


O que eu quero. Onde eu quero. Como eu quero. (WiWIWi)

A internet é o meio que mais atende a essa necessidade e que, dessa forma, atrai mais e mais pessoas, ou ainda, atrai pessoas que antigamente consumiam apenas meios "físicos" (tv, radio, jornal, revista), oferecendo vários tipos de meios de comunicação (portais, redes sociais, música, VÍDEO), e, principalmente, disponibilizando mais formas de satisfação do consumo imediato, de produtos e entretenimento.


Glossário:
Plataforma web


Existem vários tipos de plataformas de divulgação de vídeos na internet, sendo o Youtube o mais conhecido no Brasil. No entanto, há a já citada desvantagem, de perda do controle sobre o conteúdo, ou seja, está além de sua capacidade coibir anúncios prejudiciais ao objetivo do vídeo. O VOD se baseia em outro tipo plataforma, sendo inclusive o grande mote do seu sucesso. Na era da liberdade de expressão, o grande trunfo desta modalidade de vídeo vem, justamente, do controle de conteúdo.

Conteúdo Premium

Este tipo de conteúdo está relacionado, principalmente a filmes, palestras e precisa necessariamente estar protegido por alguma espécie de senha. Tem como principal vantagem, o fato de que comprar um conteúdo digital, permite que você tenha a liberdade de acessá-lo em qualquer lugar e hora, o que é mais valorizado pela nova geração do que a posse física do produto.





Exemplo de página na web com o serviço VoD.

O que é um conteúdo Premium e como ele funciona, por Spinassé:
http://www.youtube.com/watch?v=xTWJ67OLgfQ
O futuro na internet é o vídeo, uma vez que a transmissão de conteúdo por ele é muito mais fácil e "rápida", e o futuro do vídeo eh via IP.


Agradecemos ao Marcelo Spinassé, da TrueTech,
que nos contou mais sobre o VoD.

Ísis Alvarez - Sue Ellen Baia - Yéssica Klein - Tamíris Idalgo Abib
CSOS 6D