quinta-feira, 23 de setembro de 2010

“O futuro da distribuição de conteúdo é por IP”

Marcelo Spinassé, CEO e fundador da TrueTech, fala sobre a distribuição do conteúdo digital e como funcionam os vídeos on demand.


O cenário atual

O cenário digital vem mudando e se adaptando cada vez mais à demanda de serviços que, ano a ano, aumenta e se torna cada vez mais complexa. A produção de vídeos e conteúdo para este meio se tornou muito mais barata do que anos atrás, com codecs mais eficientes. Além disso, o baixo custo da contratação da banda larga resulta em uma maior acessibilidade do público à toda esta informação gerada, minuto a minuto.

Nasce a partir daí o conceito explicado por Marcelo Spinassé: o “What I want, Where I want, When I want”, que se baseia na informação e conteúdo instantâneo e fragmentado. Em outras palavras, enquanto em 1996 havia apenas jornal, televisão aberta, revistas e rádio, atualmente há, somado a isso, internet com portais, websites, blogs e mídias sociais.

Fica evidenciado o papel da internet na atualidade e principalmente como vem se tornando a principal mídia nos lares, já com 47% de presença atrás apenas da televisão. Segundo Marcelo Spinassé: “O interessante é ver que a internet, ao mesmo tempo que cresce, faz as outras (mídias) caírem, uma vez que existe uma substituição dos meios”, ou seja, as pessoas compram, ouvem música, assistem televisão e filmes pela internet. É fácil, acessível e rápido.


O novo cenário

O futuro do vídeo e de todo o conteúdo será via IP, com acesso indiscriminado ou intermediado pela operadora. Isso significa que o conteúdo pode ser gerado por qualquer um, e pode ser personalizado por cada usuário.


WebTV

Em meio as transformações e a consolidação de um novo cenário na internet, surge a WebTV, grupo de plataformas que possibilitam a criação de uma grade de programação pela internet. Resume-se, basicamente, ao oferecimento de vídeo e áudio através do digital, muitas vezes sendo enviada via download.

Porém a WebTV ainda apresenta certas imperfeições em seu sistema via streaming, como a perda de qualidade do vídeo, que causa a pausa ou interrupção do conteúdo. Esta nova ferramenta vem se popularizando por ser uma maneira muito fácil de se criar seu próprio conteúdo. No Brasil só existem três WebTV com sua própria grade de programação ao vivo, porém acredita-se que em decorrer do tempo esse número aumente exponencialmente.

Terratv: Um exemplo da plataforma de WEBTV

Ainda em relação a WebTV, vale frisar o fato que não necessariamente esse conteúdo é oferecido por portais grandes, como o Terra. Qualquer internauta pode criar seu próprio canal, que funciona como uma página do Youtube, porém gerenciável. Nele, uma determinada pessoa pode exibir vídeo aulas de artesanato e cobrar por isso, por exemplo. É possível também vender espaços publicitários.

  
Funcionalidades do Vídeo On Demand

Apesar de parecer uma tecnologia muito complexa a primeira vista, o vídeo on demand surgiu muito naturalmente, de uma demanda proveniente dos novos costumes dos consumidores 2.0. Como mencionado anteriormente, a internet está cada vez mais presente em todos os lares brasileiros e, em função disso, está centralizando as outras mídias - principalmente as mais tradicionais.

A internet possibilita que o conteúdo ou informação sejam consumidos naquele momento, sem que seja necessário esperar por um horário agendado para assistir um telejornal, por exemplo. É algo muito imediato e instantâneo e estas características estão muito ligadas ao conceito “WiwWiwWiw” – em inglês, “what I want, where I want, when I want”, já citado anteriormente.

Os vídeos on demand também são baseados neste mesmo senso de urgência, segundo Marcelo Spinassé: "O conceito de on demanda funciona basicamente da seguinte forma: eu tenho 4 mil vídeos e assisto a hora que eu quiser, eu não tenho que esperar para ver qualquer um deles".

De uma maneira muito simples, esta nova maneira de consumo de conteúdo é realizada através da tecnologia banda larga. Por meio de um software ou tela de TV, o assinante de um determinado serviço pode escolher diferentes tipos de filmes e programas de televisão que estejam disponíveis em VoD.

A partir desta escolha, os conteúdos são enviados em formato de vídeo, sob demanda, até o dispositivo do consumidor, utilizando redes de banda larga das operadoras de comunicação. Assim, o consumidor recebe o conteúdo quando quiser, com uma qualidade de imagem muito semelhante ao DVD.

A mobilidade e a portabilidade são as principais vantagens deste novo tipo de serviço em detrimentos da locação de filmes. Por meio deste consumo, é possível carregar o vídeo comprado em qualquer lugar em que a pessoa estiver conectada e na maioria dos dispositivos existentes - iPad, TV, celulares e computador. O mais legal disso tudo é que a qualidade do vídeo independe de onde ele está sendo assistido, mesmo que se opte por um celular.

Apesar dessa versatilidade, o maior receio dos consumidores em adquirir um VoD pode ser em relação ao tempo que o arquivo leva para ser baixado, evitando experimentar este novo serviço. Essa é uma preocupação desnecessária, já que a tecnologia dos vídeos on demand é baseada no streaming e não no buffering. Para exemplo de comparação, o buffering, que é utilizado pelo Youtube, é uma memória temporária utilizada pelo computador para a leitura de dados. Por isso, é necessário pausar o vídeo antes dele começar, para que uma parte dele seja carregado e não trave enquanto é assistido.

Já o streaming possibilita uma experiência muito melhor, segundo o próprio Spinassé, pois permite que o vídeo seja assistido ao mesmo tempo em que o download é feito. Não há pausas durante a exibição do conteúdo para que ele seja carregado. É uma tecnologia mais leve e rápida, muito parecida com um sinal de televisão, que quando é ligada, o programa é assistido sem interrupção alguma.

É intrínseca a relação que o VoD tem com o uso de DRM (Digital Rights Management), ou seja, a gestão de direitos digitais. Os conteúdos podem ser protegidos por essa tecnologia, que consiste em restringir a difusão por cópia de conteúdos digitais, contribuindo na administração dos direitos autorais de cada marca que o utiliza.

O DRM pode agir limitando o número de views, tempo de expiração, e protegendo contra cópias ilegais. Existem diferentes mecanismos de DRM, porém em sua maioria, contêm características em comum, como por exemplo, detecção de quem acessa cada obra, quando e sob quais condições, e reportam essa informação ao provedor da obra, autorização de acesso, ajuste das condições restritivas fixadas pelo provedor da obra. Alguns tipos de DRM podem, ainda, limitar o número de views, tempo de expiração, proteger contra cópias ilegais. E como funciona o DRM? A imagem ao lado mostra como o mecanismo age:


Como funciona o DRM

Por fim, pode-se usar toda esta plataforma de forma promocional via o Funcode, que é uma ação de alto impacto, baixo custo e tão eficaz quanto qualquer promoção ou ação de marketing não virtual, onde são dados cartões com senhas que possibilitam o download do filmes via a loja virtual de graça, ou com desconto, criando vínculos únicos da empresa com o consumidor além de mostrá-lo todas as possibilidades que a plataforma proporciona à ele.

GRUPO - 6E
André Klava
André Hosoume
Leticia Banheti
Murilo Saad
Nathaly Araujo

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

TrueTech - Video on Demand (VoD)

Vídeo é uma mídia extremamente instável e eternamente causadora de fascínio. O fato é que esta forma de expressão artística, documental e comercial, não parece deixar de se configurar uma novidade na vida das pessoas. Supõe uma linguagem, uma inter-relação entre imagem e espectador, em que a primeira sai da tela para interagir com o resto do meio, integrando as imagens junto aos demais elementos que a formam.


Na atualidade, os avanços da tecnologia, permitem ampliar o leque de suas possibilidades criativas, surgindo novas formas de lidar com seus recursos e conceitos, ou seja, hoje podemos fazer os mais diversos tipos de vídeo, assim como podemos fazê-lo para as mais diversas finalidades. Neste momento falaremos de uma modalidade específica do vídeo, que está em fase de estruturação, mas que vem ganhando adeptos de consumo e produção. Vamos falar de “Video on Demand” ou Vídeo sob Demanda.

O conceito do VoD, por Marcelo Spinassé:

Vídeo sob demanda, abreviatura VoD de Video on Demand, em inglês, é uma solução de vídeo sobre DSL (Digital Subscriber Line), ou outra tecnologia banda larga, que são famílias de tecnologias que fornecem um meio de transmissão digital de dados, aproveitando a própria rede de telefonia que chega na maioria das residências.

Hoje, temos a nossa disposição uma infinita gama de conteúdos. O avanço da tecnologia de produção de vídeo tornou possível produzir material de alta qualidade utilizando equipamento de custo acessível ou até gratuito, tanto para as empresas quanto para as pessoas físicas. E o resultado é uma quantidade ilimitada de conteúdos nesse formato.


Assim como o YouTube, sites especializados neste tipo de conteúdo se proliferam e ampliam a liberdade do vídeo dentro do cotidiano das pessoas. A questão fundamental desta prática está no controle do conteúdo que se expõe na internet, ou ainda, está em produzir conteúdo que gere renda, ou seja, VOD.


Na realidade do Vídeo sob Demanda, temos a internet sendo amplamente utilizada para veiculação deste tipo de material por empresas, ou seja, material de conteúdo protegido. Grande parte da atração desta ideia está nos custos de produção de vídeos para a internet, que é muito abaixo das vultosas verbas necessárias para a televisão, uma vez que a qualidade do vídeo na internet é relativamente inferior. Outro ponto de realce para esta prática está no fato de a divulgação ser muito mais barata e direcionada do que na televisão, já que a internet pode se dividir em nichos caso necessário, sendo assim mais fácil detectar e atingir seu público alvo.

Como informações técnicas se tornam interativas com o uso de vídeo, por Spinassé:

Além de questões técnicas, temos uma variável fundamental para o estabelecimento do VOD: o público está se tornando cada vez mais imediatista e valorizam conteúdos acessíveis, ou seja, conteúdos que possam ser acessados, independente de horário, local ou forma.


O que eu quero. Onde eu quero. Como eu quero. (WiWIWi)

A internet é o meio que mais atende a essa necessidade e que, dessa forma, atrai mais e mais pessoas, ou ainda, atrai pessoas que antigamente consumiam apenas meios "físicos" (tv, radio, jornal, revista), oferecendo vários tipos de meios de comunicação (portais, redes sociais, música, VÍDEO), e, principalmente, disponibilizando mais formas de satisfação do consumo imediato, de produtos e entretenimento.


Glossário:
Plataforma web


Existem vários tipos de plataformas de divulgação de vídeos na internet, sendo o Youtube o mais conhecido no Brasil. No entanto, há a já citada desvantagem, de perda do controle sobre o conteúdo, ou seja, está além de sua capacidade coibir anúncios prejudiciais ao objetivo do vídeo. O VOD se baseia em outro tipo plataforma, sendo inclusive o grande mote do seu sucesso. Na era da liberdade de expressão, o grande trunfo desta modalidade de vídeo vem, justamente, do controle de conteúdo.

Conteúdo Premium

Este tipo de conteúdo está relacionado, principalmente a filmes, palestras e precisa necessariamente estar protegido por alguma espécie de senha. Tem como principal vantagem, o fato de que comprar um conteúdo digital, permite que você tenha a liberdade de acessá-lo em qualquer lugar e hora, o que é mais valorizado pela nova geração do que a posse física do produto.





Exemplo de página na web com o serviço VoD.

O que é um conteúdo Premium e como ele funciona, por Spinassé:
http://www.youtube.com/watch?v=xTWJ67OLgfQ
O futuro na internet é o vídeo, uma vez que a transmissão de conteúdo por ele é muito mais fácil e "rápida", e o futuro do vídeo eh via IP.


Agradecemos ao Marcelo Spinassé, da TrueTech,
que nos contou mais sobre o VoD.

Ísis Alvarez - Sue Ellen Baia - Yéssica Klein - Tamíris Idalgo Abib
CSOS 6D



segunda-feira, 7 de junho de 2010

A Nova Publicidade

Alexandre, ex-fotógrafo e atual integrante da equipe de publicidade do Google, veio a ESPM no dia 19 de maio para expor aos alunos de comunicação os novos caminhos da publicidade e a força do Google Adwords.


DADOS:


Já sabemos que 65 milhões de Brasileiros acessam a internet e que isso deixa o país com o sétimo lugar no mundo em aumento de usuários (cresceu 22% em 2009).

Esse número se explica pela abrangência e rapidez do ambiente online, a internet trás mais vídeos em um dia do que a TV em um ano todo. Brasileiros em 2009 gastaram uma média 66hrs em um PC, três vezes mais tempo do que a média em frente a uma TV. O rápido


crescimento é responsável por mudanças culturais e comerciais no país, em 2008 a venda de PCs foi 11 vezes maior do que a venda de TVs.


O Google teve 3,5 bilhões de buscas no Brasil, no período de 2009. Isso corresponde a 90% das buscas feitas em sites próprios para isso e três vezes mais que no ano anterior e o e-comerce cresceu 45% no último ano chegando a R$4,8 bilhões (ticket médio de R$ 320,00). Redes como o orkut possuem uma média de uso de 6.3 ht/mês e se consolidam hoje como uma das melhores mídias para falar com a classe C.

MÍDIA:

Como dito pelo Alexandre o ambiente online trás algumas vantagens que justificam seu rápido crescimento e a tendência de novo formato de publicidade. No ambiente online você anuncia sozinho, com mais precisão (ROI e CPA), trabalha com “cada loja” e valoriza o micro ambiente.

Nele o custo é ajustável e o consumo é interativo, além de possuir um maior nível de precisão. Você vai atrás e encontra apenas o que procura (diferente dos comerciais de TV).

Por tais razões é possível dizer que para alguns públicos, fazer campanha e não fazer online é tão grave quanto não estar na prateleira. É preciso ficar atento as mudanças e tentar coagir as plataformas para garantir maior sucesso.

Uma prova da importância dessa correlação é que em contra partida 67% da busca por produtos online é levada por um veículo off-line.

A publicidade precisa caminhar em multiplataformas e buscar um equilíbrio entre as principais mídias, hoje 55% de quem faz internet faz também off-line e 12% de quem faz off-line faz internet.

GOOGLE ADWORDS:

“O que acontece no mundo têm impacto no online” – publicitário Google.

O ponto chave na internet é a relevância, pelo adwords você encontra os anúncios exatamente do que procura (topo e lateral do site de busca). Os índices de influencia medidos pelo google são o CVC, valor pago pelo click, e o CDR, número de clicks pelas vezes que aparece, então a relevância da palavra escolhida é fundamental para o sucesso do trabalho.

O anunciante consegue sua posição por leilão (quanto quer pagar pelo ckick), onde o usuário cadastrado define o valor e o limite de clicks por dia (não é possível ver o preço da concorrência).

Em conversa com o Alexandre e baseados em arquivos do M&M (Os Segredos do Leilão do Google) conseguimos detalhar como se determina a ordem dos anúncios e o valor a ser pago. A ordem dos anúncios a serem exibidos é determinada pelo Ad Rank (multiplicação do lance pela sua relevância). Primeiro calcula-se o Ad Rank de cada anúncio e se ordena do maior para o menor.

Quanto ao valor a ser pago por cada anunciante, existe uma matemática bem simples por trás desta conta. O preço pago pelo anunciante que ficou em primeiro na ordem dos Ad Ranks é igual ao Ad Rank do segundo colocado (30 no exemplo abaixo), dividido pelo seu Quality Score (índice de relevância) e assim por diante.

Exemplo:









ALGUMAS CURIOSIDADES:

• 60% dos internautas navegam por sites do Google.
• Para anunciar no Adwords pode ser site, imagem, vídeo ou notícia que tenha haver com o produto (índice de relevância ).
• 71% dos usuários esperam as primeiras posições para as melhores marcas















segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ad Networks

                                      
No dia 12 de maio, tivemos a presença de Marcelo Sant'Iago para nos dar uma palestra sobre Ad Networks. Marcelo trabalhou como redator em grandes agências, como a Thompson. Em 1995 foi convidado para trabalhar com internet, onde atuou em um dos primeiros grandes projetos de internet, o site da Brahma. Marcelo foi por duas vezes presidente da AMI. Já em 2004 foi trabalhar em marketing em um site de busca e hoje é diretor de desenvolvimento de negócios na Realmedia Latin America.

O mercado publicitário digital vem sofrendo mudanças drásticas nos últimos tempos. Mas não era de se estranhar, já que em qualquer área do mundo digital os avanços são muito rápidos. A própria internet sente esse avanço, com as tecnologias tornando-se obsoletas absurdamente rápido.

"Vivemos uma fase onde as campanhas publicitárias deixam de focar os grandes sites para poder focar o consumidor."

A alguns anos, o mercado publicitário digital concentrava-se exclusivamente em grandes sites e portais. Como são referências, para o anunciante bastava estar presente em um local de grande veiculação que seu público-alvo seria atingido. Mesmo que a taxa de dispersão da mensagem fosse alta, o número de pessoas receptivas à informação compensava. Atualmente o cenário é completamente diferente: o mercado publicitário digital busca uma melhor segmentação, uma maior assertividade e, para isso, mira ações em conjunto com ferramentas de rede social.

Assim, plataformas como Orkut, Youtube, Facebook, Twitter e tantas outras  passam a ocupar lugar importante na vida do público e das marcas anunciantes. Segundo Sant'Iago, vivemos uma fase onde as campanhas publicitárias deixam de focar os grandes sites para poder focar o consumidor.

Porém, o fim da publicidade online em grandes sites está longe de acontecer. Mesmo que o retorno sobre investimento seja pequeno, esta ainda é uma ferramenta que gera grande visibilidade para a marca. Mesmo não interagindo com o anúncio, o público consome o anúncio junto com o material de seu interesse, e essa marca atingirá sua percepção.

O uso da internet possibilita todo um universo de dados e medições antes impossíveis nas mídias tradicionais, abrindo portas para possibilidades inéditas de se aproximar do consumidor e oferecer propaganda cada vez mais personalizada.

As mídias sociais possibilitam a segmentação do consumidor, que pode se reunir em "comunidades" ou debater assuntos específicos. Isso faz com que ele reaja positiva ou negativamente perante uma marca ou produto, já que sua experiência será relatada e compartilhada perante outros consumidores. Por se tratar de um ambiente onde o público se sente familiarizado e deposita confiança, as redes sociais acabam sendo o grande alvo dos anunciantes.

"Quanto melhor uma empresa conseguir se associar a um nicho, melhor será o resultado de todas as suas ações."

Um exemplo disso foi o acordo firmado na semana passada entre a Claro e o jogador Ronaldo, do Corinthians. Foi criado um perfil para o jogador no Twitter onde, mesmo sem mencionar a Claro em um instante sequer, apenas a presença do logotipo da empresa é suficiente para que a marca fique no consciente das pessoas. Assim, a empresa se associa a alguém que possui grande poder de influência perante outros consumidores.

Este é um exemplo visual do efeito "cauda longa", apontado por Marcelo: Quanto melhor uma empresa conseguir se associar a um nicho, melhor será o resultado de todas as suas ações, já que este nicho agirá como parceiros da marca, contribuindo com sugestões e até mesmo críticas para a marca, efeito muito maior que apenas a utilização do SAC pela empresa. Porém, este caminho da segmentação é complexo, já que dificilmente uma empresa conseguirá atingir determinado segmento. As mídias de massa se destacam pelo grande número de pessoas envolvidas, com grande dispersão de informação. Como atuar então, nos milhares de mercados segmentados que existem, produzindo informação com um mínimo de dispersão possível?

Este é o caminho para o futuro, segundo Marcelo Sant'Iago, o surgimento de empresas especializadas em Ad Networks que farão a intermediação entre os sites e as agências, de modo que toda a ação publicitária seja potencializada e atinja seu objetivo.

Uma empresa de Ad Networks acaba possibilitando aos sites o caminho para busca de anunciantes, auxiliando como um agente de vendas para este site. A empresa de Ad Networks conseguirá, portanto, gerar o controle de publicidade para o site. Já para as agências, uma empresa de Ad Networks facilitará no direcionamento dessa publicidade, já que possui um maior conhecimento das segmentações do consumidor, podendo também gerenciar ações publicitárias regionais, fazendo com que os anunciantes falem a lingua especifica daquela região. Assim conseguirão em menor tempo atualizar a campanha sem a necessidade de atualização das peças publicitárias, o que terá custo infinitamente menor para as agências e anunciantes.

"Uma empresa de Ad Networks consegue verificar exatamente em quais sites e midias sociais uma agência ou anunciante terá maior assertividade."

Em tese, esta é uma área pouco explorada ainda no Brasil, com poucas empresas especializadas e com muitos campos para proliferação deste serviço. As poucas existentes, como Buscapé, Realmedia, Yahoo! Display Network, dentre outras, disputam um mercado interno que gira em torno de R$ 200 milhões. Um valor alto, mas ínfimo considerando a atuação das Ad Networks nos Estados Unidos, onde aproximadamente 190 empresas disputam um mercado de U$ 8 bilhoes.

Assim, se a segmentação é a chave do sucesso, uma Ad Networks consegue verificar exatamente em quais sites e midias sociais uma agência ou anunciante terá maior assertividade em sua publicidade online. Não importa se o anunciante quer falar com a mulher, com amantes da tecnologia, com esportistas ou músicos. Uma agência especializada em redes de publicidade fará o mapeamento de sites e redes sociais especializadas nesses segmentos de modo que a publicidade criada atinja este público selecionado.

Na era do compartilhamento e da web 2.0, estamos reaprendendo a utilizar a internet e começando a utilizar novos recursos neste meio que oferece infinitas possibilidades e uma plataforma para a publicidade nunca vista antes e as Ad Networks abrem novos caminhos para aproveitar esse potencial ainda pouco explorado da web.

Publicado pelo grupo 8.
Daniel Renato
Erick Berini
Fernando Birche
Gustavo Bonzanini
Renato Batista
Vitor Passoni

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Google Adwords

Na última quarta-feira, 12 de maio, contamos com a presença da Gerente de Contas da Google AdWords Brasil, Luiza Borba, para uma palestra sobre o cenário do mercado online brasileiro e mundial, além de uma exposição bastante interessante da ferramenta de publicidade do Google.


Uma de suas primeiras considerações foi a constatação de que esse segmento está de portas abertas para receber profissionais que se interessem, mas que atualmente passa por uma fase de escassez de pessoas qualificadas. Apresentou brevemente, como funciona o processo seletivo da empresa e deixou claro que não é fácil entrar lá, pois apesar de pré requisitos, como a fluência em inglês ou saber trabalhar em equipe, é necessário ter o “jeito Google de ser”. A estrutura do processo é a seguinte: prova online, três entrevistas pessoais, duas entrevistas por telefone, além da passagem do currículo pelos líderes do Google Brasil e da matriz.


O mercado online no Brasil tem crescido consideravelmente nos últimos anos. Segundo Luiza, cerca de 65 milhões de brasileiros tem acesso à internet, colocando o país na 7ª colocação em número de usuários, com crescimento anual de 22%. Em 2008, a venda de computadores superou em 11% a de aparelho de TV, fato que talvez explique o tempo de uso dos brasileiros na internet, aproximadamente 66h. Durante o período que ficam online, algumas das atividades de maior representatividade realizadas pelos usuários estão relacionadas a buscas de conteúdo, leitura em geral, compras, e relacionamento. Luiza afirmou que ainda existe uma supremacia do Google, onde ocorrem cerca de 90% das pesquisas, frente às outras ferramentas de busca, como Yahoo e Bing. Em relação às outras atividades, apresentou dados como o crescimento de 23% de compras online e o segundo lugar do Brasil em tempo gasto nas redes sociais, 6,3 horas por mês.


A internet, assim como qualquer mídia, deve ser utilizada em conjunto com outros meios para a maior eficácia das campanhas. Cada tipo de mídia, deve ser utilizada segundo estratégias e objetivos de cada campanha, e a internet pode ser vantajosa em alguns casos, pois apresenta algumas características bastante interessantes. Existe a possibilidade de segmentar o publico a ser atingido, fator que a TV aberta não possibilita, o custo de criação e veiculação é mais baixo, é possível calcular o retorno a ser atingido, entre outras coisas.


A partir das informações até então apresentadas, nos foi exposto a ferramenta Google Adwords. Inserido no canal de busca, existe a venda de espaços publicitários àqueles que se interessem em ter a visualização de suas empresas não só na busca orgânica. A partir da venda de palavras chave, ocorre um “rankiamento” por relevância, e é quando os anúncios são exibidos como resultado. O pagamento por tal serviço ocorre de acordo com o número de “clicks” que o anuncio recebe (CPC), possibilitando o calculo e monitoramento do retorno do investimento. Outro beneficio que a ferramenta traz é a possibilidade de segmentação geográfica tornando a campanha mais assertiva em relação ao público desejado. A maior dificuldade que os anunciantes podem encontrar é a escolha das palavras chave corretas. Essa definição deve ocorrer por meio da projeção do ciclo de compra do cliente, onde se deve supor as palavras pensadas pelo consumidor no processo de compra. A presença das marcas na internet tem extrema importância hoje em dia, visto que 37% das pessoas que fazem pesquisa estão à procura de produtos/serviços que viram na TV, além de que existe uma associação na busca com o sucesso da empresa, ou seja, a confiabilidade do usuário aumenta caso a marca apareça nos primeiros resultados da busca.


Como complemento do assunto abordado, disponibilizamos mais alguns conteúdos, são eles:

Case de sucesso Google + Unilever
http://www.youtube.com/watch?v=WKR6q1J5EkM


Case de sucesso Google + Eletrônica Santana http://www.youtube.com/watch?v=0oxOMC-MkHo&feature=channel


Como funciona a Rede de Conteúdo:

http://www.youtube.com/watch?v=dMXyFWaPvQM&feature=channel



Glossário do AdWords:

http://www.youtube.com/watch?v=tsKBp1CsJeI


Obrigado,


André Khouri
Heloísa Figueiredo
Vanessa Ramaglia

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Webbox, internet, dinâmicas sociais e o que a publicidade tem a ver com isso

Olá!(Como esse é o nosso primeiro post, e  provavelmente o último aqui no Blog, até logo também!)


No dia 28 de abril tivemos a palestra da Webbox, uma das muitas agências de comunicação digital que estão entrando em evidência no mercado. O motivo principal talvez não seja só o puro e simples esforço das agências que escolheram atuar nesse segmento de serviço de comunicação, mas de um cenário macro que, de duas revoluções e meia para cá, tem se encontrado em sua forma mais líquida e turbulenta. Prova disso é o fato de que, em um período tão curto de existência do  século XXI, a denominação dos conceitos "online" e "digital" tenham ganhado tanta ênfase que chegaram ao ponto de soarem como cacoetes, perdidos entre os conversês do dia-a-dia do ser-humano médio hipercontemporâneo.

Em todo o decorrer da palestra, os palestrantes apresentaram cases de uso relevante da convergência de meios digitais com meios convencionais, entre os citados: Skol Sensation e Nike. Em todos os exemplos a aceitação do público que interagiu com a campanha foi alto. O que nos fez como grupo chegar à seguinte indagação: "até que ponto a presença em mídias sociais é relevante para as empresas?"

Essa é uma questão que se analisada em um primeiro momento, mais rapidamente, nos leva à subjetividade e condicionamento de "n" infinitos fatores que podem ou não qualificar uma empresa como "bem inserida" no meio social online. Por isso, ao invés de determinar a presença ideal, será mais fácil analisar pelo caminho inverso. E a primeira pergunta é: "O que exatamente significa mídia social?"

Em seu sentido Latu Sensu significa qualquer tipo de meio utilizado para se realizar uma interação recíproca entre dois ou mais indivíduos. Em poucas palavras, as mídias sociais nasceram junto com o ser humano. A boca, o telefone, o e-mail, até mesmo a escola é uma mídia social, pois todos servem de plataforma para a interação de um conjunto de indivíduos.

Com esse conceito explicado, voltamos até a invenção do maior catalisador de interações conhecido até o momento, a internet. Essa rede extensa mundial, simbolizada pelo "http://wwww" simula em uma escala colossal as interações sociais.

As formas de uso da internet evoluíram a tal ponto que a ela pode ser vista hoje como uma metalinguagem das conexões humanas. Tanto é, que todas as dinâmicas sociais como a tribalização, o networking, e o boca-a-boca encontradas antes somente no mundo físico, também acontecem na rede, só que de forma exponencial.

E é aí que entramos no limbo obscuro de empresas que não entendem as regras da dinâmica social e acabam investindo quantias milhonárias para patrocinar... a amizade!! O grande erro de todas as empresas que insistem em entrar sem uma maior pesquisa de comportamento é o fato de não entenderem que se ela realmente quiser ser relevante na minha vida social ela tem que fazer o papel de uma mídia social, me reunindo com os meus amigos, sendo mais eficaz do que o que já existe, não sendo minha amiga, mas sim o meio, porque eu não quero que ela seja minha amiga, pois já escolhi os meus amigos. Ponto.

Se tudo isso parece distante para você, caro leitor que conseguiu a epopéia de chegar até aqui, vide exemplos de ações de empresas como BF Goodrich em seu canal Nation of GO, Uniqlo com seu widget Fashion Map, Mastercard com seu aplicativo mobile Priceless Picks, e empresas como Soundcloud, Google e Justin.tv que ao invés de tentarem ser amigos das pessoas, transformaram seus canais e serviços em verdadeiros pontos de encontro entre indivíduos com os mesmos interesses. E é aí que reside a tal da mágica  "incompreensível" das Mídias sociais. Não se trata de oportunismo, ma sim de pessoas.

A pergunta correta então que uma empresa deve fazer quando quiser se inserir nas mídias sociais, sejam elas online ou offline não é "Como aumentarei minhas vendas anunciando lá?" mas sim "Qual a real utilidade dos meus produtos/serviços na vida das pessoas?". Com essa pergunta, inicia-se o pensamento de branding.



Luiz Paulo Andrade
Natasha N. Guimarães
Gustavo Valdivia
Thiago Barbosa
Ariane Marquines
Gustavo Galvani
Juliano Lorenzino


Depois do Jump, nossas referências, canais de cobertura da palestra e o nosso podcast sobre o assunto



Ad Networks










Marcelo Sant´Iago
Diretor Regional de Desenvolvimento de Negócios da Realmedia Latin America

Em 12 de maio de 2010, tivemos o privilégio de receber Marcelo Sant´Iago, formado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, hoje um grande profissional no mercado publicitário. Trabalhou como redator para grandes agências, foi presidente da IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau Brasil) e possui grande influência e conhecimento no mundo da mídia online. Atualmente ele é Diretor Regional de Desenvolvimento de Negócios da Realmedia Latin America e faz parte do membro consultivo da IAB Brasil. Marcelo Sant’Iago é um expert em Ad Networks (Redes de Publicidade) e ofereceu uma parcela de seu tempo para compartilhar sobre este formato de negócio e seus benefícios no mundo da mídia publicitária virtual. 

O mercado publicitário virtual nos últimos meses tem mudado drasticamente devido às redes sociais como facebook, orkut, myspace e muitos outros. Entretanto, há um fenômeno ocorrendo neste mercado que está gerando uma mudança significativa que se reflete na mídia.  
De acordo com Sant’Iago, o mercado está saindo de campanhas focadas em sites para campanhas focadas em audiências. 
Em outras palavras, entender e atingir as pessoas que fazem parte de um target tem se tornado mais importante que os sites em si. Portanto, o objetivo de uma agência é encontrar o seu target e conversar com o máximo número de pessoas que pertencem àquele grupo ou segmento.

Análises mostram que no geral há poucos cliques em mídias/publicidade nos sites e estudos mostram que o tempo gasto em sites de busca é muito pequeno e efêmero. Apesar de não receberem muitos cliques, a publicidade em sites como banners não perdem sua efetividade e funcionalidade pois ela é uma mídia visual. Assim como os anúncios e outdoors, a mídia online é uma forma de comunicação visual que colabora na construção de uma imagem de marca e lembrança na mente do consumidor. Portanto, um banner não clicado não quer dizer que ele não teve utilidade. Uma observação que pode ser feita é que no Brasil a mídia online possui uma alta concentração em comparação com o resto do mundo.

Olhando para esse cenário atual e as mudanças que estão ocorrendo nele, as agências precisam encontrar uma maneira eficaz de atingir uma audiência que é segmentada e fragmentada. A solução para este problema são as Ad Networks que conseguem combinar diferentes segmentos de audiências e micro audiências.  
Segundo Marcelo Sant’Iago, uma Ad Network é uma empresa que conecta diversos websites e disponibiliza seu inventário para comercialização de publicidade para agências e anunciantes. 
Por exemplo, a Realmedia tem relacionamento com 600 sites que somados tem mais de 2,5 bilhões e meio de impressões. Os websites que participam deste negócio são sites que possuem o interesse em disponibilizar o seu inventário de espaços de mídia para anunciantes que estão dispostos a pagar pelos serviços de uma Ad Network para obter uma publicidade efetiva. A rede de publicidade oferece diversas categorias de sites e opções de segmentação aos anunciantes e agências interessadas. Todo o gerenciamento e controle de publicidade é feito por um ad server que padroniza os websites, organiza o inventário de mídia, gera relatórios consolidados e unificados, possibilita medição pós-clique, exige poucas peças publicitárias e permite uma cobertura sem sobreposição. Sant’Iago diz que as Ad Networks simplificam o processo de compra de mídia segmentada.

Por meio dessas redes de publicidade, os websites e as agências são beneficiadas e obtém o que elas estão buscando. Os websites conseguem ter acesso a grandes anunciantes, monetização dos inventários, terceirização da sua força de vendas e possui um controle de publicidade. As agencias por sua vez tem acesso a uma alta capacidade de segmentação e regionalização, adquirem relatórios consolidados e conseguem ter novas opções de campanhas sem a necessidade de adaptação de peças.

Para que os leitores tenham uma noção do tamanho dessas redes de publicidade, pode-se dizer que segundo a consultoria Think Equity, nos próximos 3 anos, 34% das receitas geradas pelos sites norte-americanos serão por meio de Ad Networks. No Brasil, Sant’Iago estima que o tamanho do mercado de redes de publicidade é de R$ 200 milhões. Os EUA possui um ecossistema de redes, empresas, agencias e sites imensa e muito complexa em comparação com o Brasil. No entanto, o mercado brasileiro tem potencial de crescimento e já conta com muitas redes de publicidade que atuam no país. Algumas Ad Networks que estão atuando no Brasil são a Eztargetmedia, Pinkadnetwork, Busca Pé, FOX Networks, Empório de Mídia, Hi Midia, Yahoo! Display Network e a Realmedia.

O behavioral targeting e retargeting são duas maneiras efetivas que as redes utilizam para atingirem os consumidores. Por meio do ad server o behavioral targeting é um método em que uma publicidade é exibida para uma certa pessoa a partir do comportamento de navegação daquele indivíduo e não baseada no conteúdo do site. O retargeting tem como objetivo atingir os consumidores que mostraram interesse em alguma oferta. Muitas vezes pessoas clicam em banners e são direcionadas para um site, mas acabam não efetuando a compra de um produto. No entanto, o retargeting ocorre quando uma publicidade mais objetiva é ofertada para aquela pessoa ao visitar outro site.  

Muitas vezes encontram-se problemas e erros nas mídias, pois elas aparecem e são lançadas fora do contexto de um site. Por exemplo, algumas vezes pode-se encontrar erros como um anúncio de disfunção erétil sendo exposto a um menino de 13 anos no orkut. Por isso necessita-se de uma intervenção humana para eliminar e evitar grandes gafes em relação à comunicação.

Segmentação é a chave do sucesso, mas devemos lembrar que a mensagem certa deve ser designada não somente para a pessoa certa e sim no momento certo. A maioria das agências são preguiçosas e tomam o caminho fácil fazendo comunicações voltadas para a massa. Nem todas aproveitam os benefícios que as novas tecnologias oferecem e poucas tentam fazer o mais difícil que é segmentar o público-alvo. Portanto, as Ad Networks são uma solução tecnológica e estratégica para o mercado de hoje, pois proporcionam segmentação alta, resultados, maior qualidade de material, simplicidade e flexibilidade. 








Post realizado pelo Grupo 10:
Alice Midori
Andres Castelnau
Erik Hashizume
Henry Chuang
Paulo Chun