quarta-feira, 24 de março de 2010

O uso das mídias sociais na política.

Gabriel Reis, do lado esquerdo, formado em 2007 pela ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing - trabalha na agência de mídias sociais paulistana, Riot, dividiu seus conhecimentos e experiência sobre as mídias sociais na Era Digital.

Muita coisa no mundo mudou após a criação dos Blogs, isso porque, houve uma democratização do conteúdo, deixando de ser exclusivamente produzidos pelas grandes corporações de comunicação e passando a ser criado por qualquer pessoa/usuário que queira expressar suas opiniões.

Em 2003 tornou-se muito popular o MySpace, já em 2005 o YouTube e logo em seguida o estrondoso sucesso das grandes redes sociais como o Facebook nos estados unidos e o Orkut no Brasil.

E o que podemos notar de realmente relevante nesses fatos, são as diferenças entre o conteúdo criado institucionalmente e o conteúdo criado por seus próprios consumidores. Antes os consumidores de modo geral, tinham uma relação passiva com as empresas, apenas “consumiam” o conteúdo que por elas era publicado.

Hoje, o consumidor deixou de ser apenas o ouvinte/leitor para assumir um papel ativo, passando a ser o principal na maioria das vezes o responsável pela criação e pelo sucesso de um conteúdo.

Uma dúvida muito corriqueira nos dias de hoje, que diz respeito ao conceito de Mídia Social e Redes Sociais também nos foi apresentado.

à As mídias são os meios que permitem que se produza/altere/crie/divulgue/opine sobre um conteúdo;
à As redes socias são os sites de relacionamento.

O facebook/twitter, por sua vez, mesclam estas duas funções e ferramentas.
O Crowdsourcing é uma tendência que vem crescendo rapidamente, que remete ao colaborativismo, que são conteúdos criados e principalmente MODERADOS pela própria comunidade. Esta tendência surgiu do interesse que as pessoas têm em compartilhar informações que possam ser relevantes para elas, incluem-se nisso: a política e a propaganda. E foi com base nessa tendência que os políticos notaram uma oportunidade para se relacionarem com os cidadãos de forma mais intima e diretamente.

O Case “Obama” é atualmente referência quando pensamos em sucesso alcançado utilizando as redes sociais, principal pilar da campanha de Obama. Foi discutida também, a importância de ser “desenvolvido” culturalmente, pois nesse ano de eleição, será preciso um maior senso crítico para avaliar quais serão as ações digitais, visto que, esse meio ganhou força semelhante à de portais renomados, como o da Folha e outros grandes portais jornalísticos do país.



O CASE OBAMA:

Pudemos ver através do Google Trends a exposição, a busca e o interesse das pessoas por Obama e McCain antes das eleições, e Obama desde o início esteve muito mais presente e ativo dentro desse mundo.

Obama teve no final de sua campanha eleitoral mais de 130 mil seguidores do twitter e mais de 14 milhões de vídeos assistidos no YouTube, enquanto o McCain utilizou a internet como uma extensão da sua campanha, focada principalmente nas mídias tradicionais. Obama tentou e conseguiu por meio da internet se relacionar e criar uma ação a favor dele.

Na internet, a atenção é fragmentada e é preciso ser bastante relevante para que você não se perca visibilidade e atenção, é importante estar presente em muitos lugares e mais do que isso, é preciso interagir.

Um conceito muito interessante que vimos foi o de David Armano, teórico que fala sobre o planejamento sustentável e defende a idéia de que é necessário se ter um planejamento sustentável aliado a ações de impacto. Na prática podemos ver com o caso Obama, que ele teve um planejamento sustentável com o seu site mybarakobama.com e com suas ações em mídias segmentadas. Por meio destas ações, 87% d toda arrecadação da sua campanha, foi feita pela intenet. Provando que é necessário entender o canal e criar relacionamento.

Obama também criou dezenas de vídeos, sendo eles personalizados, ou melhor, segmentados para cada público alvo diferente. Ele encontrou por meio dos vídeos maneiras de dizer coisas que muitas vezes não conseguimos com palavras. Seus vídeos eram sarcásticos, dramáticos e com temas diversos, alcançando os mais diversos segmentos.

E conclui com isso, a relação direta entre produção de conteúdo e resposta dos consumidores, coisa que o Obama soube aproveitar muito bem. Mesmo após sua vitória ele ainda manteve seus canais de relacionamento ativos, porém com uma intensidade de atualizações muito menor do que no período eleitoral, coisa que pode ter trazido más impressões aos seus seguidores.

*A agência digital da campanha de Obama, Blue State Digital fechou este ano com o PT.




Vídeo ganhador:
Obama  in 30 seconds

Obama 1984 – Paródia Apple

Obama Girl –criado por Barely Political

Wassup 2008

–fotos das pessoas que queriam e apoiavam Obama no vídeo do Will.I.Am


Grupo 4
Mariana Kim, Marina Idemori, Ricardo Costa, Sofia Fekete e Viviane Sgarbi









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