quarta-feira, 7 de abril de 2010

E.life e "boom" das redes sociais

A E.life é uma empresa brasileira líder na América Latina e Portugal na monitoração de redes sociais. Ela ajuda as empresas a identificar o que os clientes falam e pensam delas na Internet, através de mídias como o Twitter e o Orkut e assim encontra formas de analisar e agir sobre o boca-a-boca online. Para isso, verifica a influência do blogueiro, sua popularidade, repercussão e relevância dos comentários.

A empresa tem uma equipe com mais de trinta pessoas de diferentes formações, altamente capacitadas para levar insights para seus clientes a partir de uma grande base de comentários feitos pelas pessoas que fazem parte das redes sociais.

A E.Life possui também uma tecnologia chamada BuzzMonitor, um software que permite a monitoração em tempo real da mídia gerada pelo consumidor desde blogs até redes sociais. Através dele uma empresa pode identificar os diversos sentimentos das pessoas com relação a ela, os tópicos que geram maior repercussão, comentários sobre os concorrentes, possibilita também a interface em três línguas, alertas de e-mail em casos de urgência e trás outras vantagens.

            O vídeo a baixo demonstra como a ferramenta "e.life monitor" funciona. A ferramenta é o tema de uma matéria de um tele-jornal português.


Hoje as mídias sociais são vistas como um ambiente de conversas e não de propaganda, sendo uma ferramenta poderosa para muitas empresas. As mais utilizadas são: Orkut, Facebook, You Tube e Twitter. Esse último é a vitória da comunicação sobre a tecnologia, pois tem uma página básica que serve para disseminar e compartilhar pensamentos, sentimentos e ações. As mensagens só podem ter 140 caracteres, sendo fácil espalhar informações, tudo muito simples para um mundo multimídia e cheio de tecnologia.

Essas mídias são muito utilizadas pelos novos consumidores que buscam as opiniões de outras pessoas sobre produtos e marcas antes de fazer uma nova aquisição e para expressar seus anseios e frustrações sobre empresas. Essas pessoas não buscam mais com tanta freqüência as organizações como fonte de informação, mas outras pessoas como elas. Além disso, as pessoas usam essas mídias para vangloriar a imagem de uma marca ou até mesmo denegri-la. Muitas vezes são feitas “propagandas” por consumidores que beneficiam ou prejudicam as empresas.

O perfil desses usuários no Brasil é caracterizado por idade média de 28 anos, classe social mais alta, residentes em grandes capitais e ainda consomem mídias tradicionais, mas são grandes usuários da Internet, sendo a maioria deles, twitteiros. Usam as redes sociais para perguntar sobre compras futuras, opinar sobre produtos e serviços e entram em contato com a experiência de compra de pessoas da rede social, como já foi dito anteriormente. As informações se espalham logo que algum assunto acontece por conta da facilidade de acesso à Internet conseguido através de celulares e netbooks.
O consumidor atual busca se informar sobre o que os outros indivíduos acham, pensam e agem sobre os produtos e marcas através das redes sociais. Estas irão apresentar algumas personalidades e blogs que opinam e recomendam a favor ou contra, fazendo com que este novo consumidor se adéqüe a uma marca ou a exclua.
            
           Isso ocorre porque as pessoas sentem uma maior igualdade e confiança no relacionamento com outra pessoa que é consumidor como ela e não mais com a empresa. Com isso as instituições precisam se concentrar menos no marketing tradicional e mais em dar um caráter informal, interativo aos seus esforços na web, mas não basta apenas isso, as empresas que se proporcionam a engrenar neste tipo de mídia necessitam primeiramente ser autênticas, verdadeiras e transparentes.
O desafio para as corporações é entender estes relacionamentos e criar serviços e conteudos relevantes ao consumidor, que conversem com estas redes sociais. Todos estes aspectos ficam evidentes no documentário britânico “Us Now” que foi lançado em abril de 2008 abordando "Gestão Colaborativa". Produzido pela Banyak, o documentário traz a tona os casos de empresas, governos, um time de futebol entre outras instituições que decidiram levar a diante suas idéias fundados em alguns conceitos modernos e provenientes da anteriormente citada Web 2.0 como transparência, democracia, autonomia e colaboração aberta.

O documentário traz, por exemplo, casos como o do Banco Zopa, que tornou cada um dos clientes em gerentes, do clube de futebol Ebbsflet United que passou a ser comandado pelos seus fãs e como o site Couch Surfing prosperou criando uma rede social de pessoas dispostas a compartilhar suas casas com estranhos. Acredito que o grande acerto do filme foi não ficar naquela mesmice de conteúdo colaborativo chulo, que seria venerar o Wikipedia e sim encontrar excelentes exemplos que estão revolucionando a forma gerenciar um negócio, que compartilha do mesmo fim da propaganda e do marketing, apresentar um bom produto, conquistar pessoas e fazer dinheiro.

É claro, recomendamos muito que você assista ao filme, a duração é de uma hora, e com toda certeza vale a pena. Mas não podemos deixar de exemplificar perfeitamente o tamanho desta segmentação através de um simples exercício de análise sobre os casos do documentário que são:
  • The People Speak oferece ferramentas para que as pessoas se mobilizem. Em um dos projetos, Directionless Enquiries, você pode ligar para alguém, do meio da rua, perguntando qual o melhor restaurante do local.
  • Zopa é um banco pelo qual as pessoas emprestam dinheiro uma das outras. Você pode ajudar alguém ou ser ajudado.
  • Netmums é uma comunidade online para que mães e pais troquem conselhos sobre cuidado infantil.
  • Ebbsfleet United é um clube de futebol comandado pelos seus próprios torcedores.
  • Slice the Pie possibilita que os fãs gerenciem a banda e produzam os álbuns (isso mesmo!)
  • Participatory Budgeting é um sistema de orçamento participativo.
  • Ideal Government investiga as possibilidades de um governo feito pelos próprios cidadãos.
  • School of Everything conecta pessoas com algo a ensinar a pessoas que querem aprender.
  • Horsesmouth é um sistema desenvolvido para troca de experiências.
  • Couchsurfing é uma comunidade online onde mais de 1 milhão de membros oferecem um sofá ou uma cama para que todos possam viajar sem gastar com hospedagem.
  • My Society coordena sites de democracia transparente comoTheyWorkForYou,WriteToThem e No.10 epetitions.

          Vale a pena ainda, tomar nota sobre a corajosa iniciativa do Meu Time de Futebol que no mesmo modelo do Ebbsfleet United, só que tupiniquim, planeja comprar e gerir um time de futebol com dinheiro e participação de colaboradores sobre todas as decisões, de alocação de gastos até escalação do time.

Alías aproveite esse espírito de colaboração e comente.


Agradecimentos:
Guilherme Rios - e.life
Andrea Hiranaka - e.life

Realização
Camila Santana
Dante Galego
Guilherme Machado
Laís Rocha
Trícia Nunes 

Csos6C

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